15 milhões pra ficar no serviço

Fiquei com essa idéia na cabeça, depois de ver a conversa do Gefferson com o Ciro: Você ganha 15 milhões na Megasena, e não tem nada melhor pra fazer na vida. Decide ficar na empresa, só pra encher o saco dos donos. O que você faria? Fui perguntando de sala em sala e fiz uma listinha, só pra descobrir que a galera é meio doente da cabeça.

1. Enviar para a porta da casa do Augusto (um dos donos), 5 caminhões cheios de papel toalha. Um dia ele teve um ataque de bichisse pois papel toalha acabou "muito rápido".

2. Chegar com uma caminhonete importada e esbarrar de leve em várias paredes, depois pedir desculpas alegando que ainda não sabe "mexer direito com esse bicho". Isso tudo com o som no máximo.

3. Durante um baile, chamar a galera, pedir para que todos joguem fora num saco de lixo o cachorro quente que a empresa fornece, e chamar garçons exclusivos que irão servir camarão na moranga ou javali assado com direito a sorvete com calda quente de amora.

4. Todo dia pagar pra uma empresa servir um café colonial pela manhã na cozinha da empresa.

5. Levar a galera de limusine pra ir trabalhar nos eventos, mas deixar os equipamentos serem levados pela Kombi Guerreira. Pagar uma equipe só pra carregar e descarregar os equipamentos.

6. Quando algum formandos reclamar que está caro, tirar do bolso dinheiro para pagar tudo que eles querem a mais e dizer que nossa empresa jamais faria algo disso por eles, pago pois tenho vergonha dos serviços.

7. Fazer todo mundo faltar uma semana de trabalho, para levar o pessoal numa viagem, pagar para os donos os dias faltados e encher a Internet com fotos da galera se divertindo.

8. Montar uma empresa de formaturas bem na frente da nossa, escrevendo numa placa "cobrimos todas as ofertas da empresa do outro lado da rua"

9. Comprar uma máquina de café expresso e colocar na placa "apenas para os funcionários, clientes e fornecedores."

10. Comprar carros zero importados pra toda a galera, de preferência caminhonetes e fazer eles subirem na grama, na calçada, colocar tudo atravessado pra que quando o dono queira sair, seja o maior trabalho tirar os veículos.

11. Mandar entregar 6 milhões de copos de plástico na casa do Paulo, pois uma vez ele teve um ataque de bichisse a ver um funcionário usando um copo de plástico, invés de usar sua própria caneca.

12. Comprar computadores de ponta para todos os funcionários, colocar a Internet mais rápida pra todo mundo, menos para os donos.


Percebi que irrita bastante os donos ver as coisas funcionando direito, os equipamentos em dia, clientes bem atendidos... mas o que mais irrita neles, é ver os funcionários felizes. Alegria é contra produtivo, mesmo que tudo esteja em dia.

Chutar tudo

Eu (Joca) estava passando pelos corredor da empresa, quando ouço a seguinte conversa do Gefferson, responsável pelo vídeo, com o Ciro, vendedor:

Gefferson: "Cara, lá na cara do Paulo (dono) e vou mandar ele se fuder, vou sair chutando tudo, vou arrebentar essa porta e sair cantando pneu da empresa. Ainda vou aproveitar pra bater o carro no muro e amassar o portão."

Ciro: "Você não deveria sair da empresa, deveria chegar com uma caminhonete bem pesada e quebrar o piso, e ao manobrar, encostar na parede. Diga que não está acostumado. Depois pague pizza pra todo mundo, menos pros donos."

Gefferson: "Eu podia continuar trabalhando e eventualmente pagar um cara pra vir no meu lugar, ia ser engraçado ter um Gefferson falsificado volta e meia."

Eu, juro que estava tentando fazer meu trabalho, mas é impossível não parar e perguntar: "O que diabos vocês estão falando?!?!"

Ciro: "Ele ganhou na Megasena."

Eu (Joca): "Sério, quando? Quanto?"

Gefferson: "Ganhei R$ 162,01 na quadra, hoje."

Eu (Joca): "162 mil reais?"

Gefferson: "Não, não, R$ 162,01 mesmo. Foi um premio dividido entre umas 9 mil pessoas"

Eu (Joca): "E você acha que sua vida está resolvida, certo?"

Gefferson: "Claro. Estou vendo aqui com o Ciro o que vou fazer. A idéia dele é que eu não devo sair do trabalho. Devo ficar por aqui, enchendo o saco, por um tempo pelo menos."

Eu (Joca): "Aposto que esse dinheiro não cobre o que deves na padaria."

Gefferson: "Cobre. Lá devo só R$ 150, ainda posso comprar uns sonhos."


Saí da sala rindo, mas pensando nessa idéia: Quando ganhar um mega prêmio, invés de sair da empresa, vou ficar nela enchendo o saco dos donos. Agora vou ficar com isso na cabeça.

43 minutos adiantados

Hoje pela manhã, nosso fotógrafo abusado, o Wagner, chegou atrasado para fazer a foto mais importante da turma, a foto para o convite. Nós costumamos fotografar a turma, as 6h da manhã no parques da cidade, pois nesse horário não tem ninguém e o sol está no ponto para uma bonita foto.

Bom, estava toda a turma lá, impaciente há cerca de 40 minutos, quando o Wagner chega com uma tranquilidade que me dá vontade de socar a cara dele, até ele se preocupar um pouco mais com a vida.

Eu (Joca): "Onde você estava, cacete?!?!?"
Wagner: "Ué? Estou no horário, o que houve?"
Eu (Joca): "Você está 40 minutos atrasado pô! Olha o teu celular."
Wagner: "Mas aqui no meu celular são 6h45, e eu sempre tenho ele adiantado 43 minutos"
Eu (Joca): "Mas por que você tem ele 43 minutos adiantados?!?! Que idéia idiota. Você não parou pra pensar que a operadora arruma sozinha o horário do teu celular?!?!?"
Wagner: "Puts... aconteceu novamente então."

Juro que um dia ele vai aparecer enforcado, pendurado em uma árvore, com um relógio enfiado no rabo - 43 minutos atrasados.

Atalho mais comprido

Nosso motorista, o Chachopa é mestre em pegar "atalhos mais compridos". Ele nunca vai pelas principais avenidas ou estradas oficiais. Sempre vai pelos seus caminhos espertos, pegando um monte de buraqueira, em ruas cheias de PARE. Na cabeça doente dele, está fazendo um grande negócio. Quase sempre o caminho normal é uma grande reta em avenidas mais largas. Os caminhos alternativos dele são passando por dentro dos bairros, tendo que parar em quase todas as esquinas.

Quando pergunto a ele, com a minha cara de "Senhor do céu", por que não vai pelo caminho normal, ele responde uma besteira do tipo "lá tem muito semáforo".

Joca (eu): Você já percebeu que seus atalhos são mais compridos que os caminhos normais?
Cachopa: Cara, não são, é só impressão. Pelo normal ia ter muito trânsito, ia demorar mais.

(conversa na volta de um baile, as 3h da manhã)

Cruzado Novo

Temos um contador tosco, provavelmente parente do Ulisses. Falo isso porque nosso último contracheque veio com sinal com o sinal do Cruzado Novo (NCz$) no lugar de R$. Ele mesmo percebeu o erro e logo ligou dizendo que iria imprimir novos contracheques. Fiquei pensando se ele teria uma foto do Sarney na parede.

Balde de Tinta

Ulisses é o cara mais burocrático do mundo. Ele merecia algum tipo de troféu nacional por ser o campeão na criação de empecilhos. Praticidade não é sua praia.

Esses dias pedi a ele que grifasse com um marcador de texto os itens mais importantes de um contrato com os formandos, pois durante a reunião eu precisava de um resumo. Quando ele me entrega a folha, em cima da hora, quase todo o texto vem grifado. Cacete, eu recebendo os formandos e aquela folha toda amarela brilhando, sem nada pra me ajudar a resumir. Na verdade, as palavras não-grifadas é que chamavam mais atenção, me distraindo mais ainda.

Perguntei então, por que diabos não mergulhou a folha num balde de tinta amarela? Segundo ele, tudo ali era importante.

Reunião de Final de Temporada

Reuniões na nossa empresa não servem pra muita coisa. Nessa última, pra variar, não deu pra tirar nada de prático ou útil para o crescimento da empresa. Até a faxineira participou. Em resumo, o que cada um disse:

Melinda: Tivemos muita sorte por não destruído nenhuma colação. Somos incompetentes mas sortudos ao mesmo tempo.
Paulo: Vocês só reclamam, não vêem que eu tenho contas pra pagar.
Augusto: Vocês tem que melhorar o comportamento geral.

Camila: O Cachopa podia ajudar mais, ao invés de apenas dirigir 24h por dia.
Priscila: o Wagner é muito abusado com as formandas.
Tarto: Vocês devem me passar com antecedência os eventos urgentes.

Emmerson: Vocês tem que parar de ver pornografia nos micros, pra diminuir os virus.

Wagner: A Priscila tem que vir com decotes menores.
Gefferson: O Cachopa tem que respeitar mais os horários da empresa.
Cachopa: O Gefferson tem que respeitar mais os horários que está disponível.
Cris, Eli, Valério e Anderson: Nosso salário e ridículo

Ciro: A Robertha tem que sair mais da empresa pra vender.
Robertha: Eu preciso de uma ajudante pra poder sair mais da empresa.
Adir: Temos que nos organizar melhor.
Carlinha: Eu acho que o Ciro é muito grosso com os formandos.

Ulisses: Os vendedores tem que usar mais coisas impressas no papel e menos e-mails.
Gerusa: Estou cansada de limpar a sujeira que vocês fazem quando voltam dos bailes.

Última formatura da temporada

Chegou finalmente a última formatura dessa temporada. Eu adoro esse último dia, pois chega aquele sentimento de trabalho cumprido... ...e nós fazemos muito esporro. Não sei que inventou que nesse dia a gente pode bagunçar, mas merece um prêmio.

Antes da colação começar, os formandos encomendaram um monte de salgadinhos e docinhos, tinha até champagne. Era uma turma de 108 formandos, portanto tinha de sobra. Quando a colação começou e os formandos foram para o palco, o Gefferson pegou um saco de supermercado e encheu ele com as coisas dos formandos. O Cachopa conseguiu pegar um dos champagnes e a Camila separou os doces.

Fomos para o baile e lá os formandos tinham cerveja liberada. Em teoria não é para os funcionários pegarem, mas os pais e os formandos bebem tanto que chegam nos camera e fotógrafos e coordenadores abraçando e dizendo "bebe lá, já paguei essa coisa"... E claro, todos beberam. Todos. Inclusive a Priscila, que nem precisava estar lá.

Uma hora viro pro lado e o Wagner estava dançando forró com uma formananda. Olho pro outro e lá está a Melinda dançando com o Augusto. Eles me olharam com uma cara de "não me reprova, eu pago teu salário".

Quando terminou o baile, jogamos todo o equipamento de qualquer jeito na Kombi Guerreira. Nenhum cabo foi enrolado, nada foi guardado na sua respectiva caixa. Claro que não coube tudo na Kombi, por isso usamos o carro da dona pra socar mais coisa dentro.

Como tradição da empresa, chegamos do baile no meio da madrugada, buzinando berrando e soltamos 3 rojões. Nossos vizinhos nos amam. Depois fomos na sala de reunião, ligamos a TV num filme tosco e abrimos o saco cheio de salgadinhos e espalhamos eles pela mesa de vidro. Abrimos o champagne dos formandos e bebemos tudo.

Não guardamos nada do equipamento, ficou tudo dentro da Kombi. Deixa esse problema pra segunda. Depois saímos pra uma casa que tínhamos entrada liberada. Foi muito boa essa temporada e apesar de continuar sendo uma novela, acho que isso é o que me diverte.

Na verdade, agora começa outro tipo de temporada, a de filmar festas e churrascos dos formandos. E também a temporada de inventar coisas novas que não dão certo. Segunda tem reunião geral pra avaliar a temporada. Vamos ver no que vai dar.

Cozinha, o melhor ponto.

Notei uma coisa curiosa. Eu consigo mais informações da empresa tomando um café na cozinha, do que pelos "informativos oficiais" ou reuniões. Se eu quero saber quais são os planos da empresa, basta ir na cozinha que todo mundo fofoca um pro outro as informações.

Diversas vezes eu sou informado na cozinha de que há um cliente reclamando e que o DVD precisa ser arrumado. Acho que dou sorte de encontrar a pessoa que pode me passar a informação.

Aliás, esses "informativos oficiais" nada mais são que uns e-mails que a Melinda manda pra gente com informações que logo desatualizam ou são relevantes para a empresa. Inclusive, esse "informativo oficial semanal" não chega já faz mais de 3 semanas.

Xícara mágica

É impressionante a má vontade desse povo. Eles são artistas, só pode ser. Eu trabalhando e uma conversa chamou minha atenção.

Adir: Se tem uma coisa que eu detesto, é ter que ir até a cozinha levar a Xícara de café de volta.

Wagner: Você não precisa levar de volta. Use a magia que ela volta sem a gente se levantar.

Adir: Que magia?

Wagner: Deixa ela aqui na mesinha de vidro que uma mulher vai passar e levar, pois elas odeiam bagunça. Essa é a magia da falta de vontade.

Uns cinco minutos depois, Priscila passa para ir ao banheiro e na volta pega a xícara da mesinha. Pergunta se alguém sabe quem deixou ela ali, ninguém sabe nada, ela xinga mas leva para a cozinha.

O pior é que deu uma vontade de também usar "a magia"...

Dieta

Ciro (vendedor) e Cris (estagiária) não se dão muito bem, pois ele pisou na bola diversas vezes com ela, ao fazer ela trabalhar além do horário por erro dele, e mais tarde não admitir isso.

Estava ele passando no corredor, conversando com o pessoal, e tentou se aproximar da Cris um pouco, perguntando:

- Então Cris, vou fazer uma dieta e sei que você sempre está em uma. Acho que vou tomar um remédio forte, que pode me fazer mal. O que você acha?

Cris com seu sarcasmo retruca:

- Existe um remédio que mata, você não quer tentar esse?

Monitoração dos downloads

Hoje deu um *treco* no Augusto (um dos donos). Ele tentava enviar uns vídeos para nosso site, mas o upload estava extremamente lento. Ele não admitia pagar tão caro pela Internet e ter essa velocidade. Ligou para o provedor que disse estar tudo normal. Aí ele foi de sala em sala, de micro em micro ver o que a galera estava fazendo. Em praticamente em todos que ele foi, havia um rádio on-line ligada, e em vários outros, o download de filmes e músicas. A notícia se espalhou rápido pelo MSN do pessoal e eu tive tempo de desligar meus downloads pesadíssimos.

E como é tradição da empresa, "todo mundo pára tudo agora e vamos para uma reunião", disse Augusto.

- Pessoal, eu estou sendo o cara mais legal do mundo com vocês ao liberar a Internet, mas vocês estão abusando da minha boa vontade. Chega de ser santo aqui. Eu não quero mais saber de downloads de putaria, a Internet é para uso profissional! E quer saber? Vou monitorar tudo que vocês fazem e acessam.

Com a experiência técnica deles esse "monitoramento" não vai ser mais que aparecer na sala pra olhar a tela da galera.

Ex-Mulher

Hoje tivemos uma visita pela manhã. A ex-mulher do Tarto. Ela veio para resolver a "papelada" com ele, pois já fazem dois anos que eles estão se separando. Na verdade, ela veio mesmo é bisbilhotar a vida dele. Pois ela sabe que ele não está pela manhã, e assim ela pode ficar conversando bastante com a Priscila, que acaba entregando coisas como o salário dele, se ele vai ganhar mais, se ele está prestes a ser demitido, e mais do que tudo, se ele está saindo com outra mulher mais gostosa que ela.

Já estou vendo tudo, com o tempo elas vão ficar amiguinhas, vão visitar uma a casa da outra, vão virar namoradas só para a ex-mulher esfregar na cara do Tarto que ele não presta.

É sobre sexo anal, moça.

Volta e meia eu tenho que ligar para um fornecedor nosso e sempre atende uma secretária ultra-enjoada que sempre fica perguntando "qual é o assunto" antes de decidir se vai me passar pro dona ou não. É algo altamente estúpido, pois aposto que se eu falasse "é uma cobrança" ela logo ia me dizer que ele não está. O pior é que eu nunca respondo qual é o assunto, eu sempre digo "é pra resolver uma questão com ela"...

..."mas qual é o assunto, senhor?". Orra meu, sempre, sempre pergunta umas mil vezes antes de me passar. Eu devia responder da próxima vez:

- É sobre sexo anal, moça. Preciso discutir com ela uma questão de penetração.

Guerreira com pilha velha

Estávamos carregando as coisas para a colação no começo da tarde e levei uns 5 minutos pra me dar conta que a nossa Kombi Guerreira estava ligada direto. Eu meti a mão e desliguei ela. Fui procurar o Cachopa (motorista) pra saber por que ele tinha esquecido ela ligada. Ele estava tomando café na cozinha, bem na boa.

O pior é que eu ainda levei bronca dele: - O quê? Você desligou? Qual é teu problema? Não sabe que ela tá com a bateria fraca e que só está pegando no tranco? Agora vamos ter que empurrar, com todas as coisas dentro!

Bom, foi linda a cena. Os caras da empresa, de terno por causa da formatura, empurrando uma Kombi com a logomarca da empresa. Deve ter passado uns 20 clientes pela gente. Ah, a gente devia ter pedido ajuda dos clientes, de preferência para uma turma que ainda estivesse em dúvida sobre fechar contrato com a gente.

Alegria de palhaço

Ontem tivemos uma belíssima formatura com direito efeito de gelo seco, mesmo a turma não tendo contratado. Estava lá eu, sentado na fila de cadeiras mais longe do palco, quando no meio da colação sai uma fumaça branca no chão perto dos formandos. Na hora eu estranhei, pois no contrato deles não havia sido feito o pedido de gelo seco. Pelo rádio eu perguntei pra eles quem autorizou essa fumaça e ninguém respondia.

Perguntei novamente, e de resposta eu só ouvia uma grande gargalhada. Mas o que há de tão engraçado, perguntava eu. E nada de resposta. Fui até lá atrás do cenário ver se alguém me respondia, e encontrei a Camila rindo sem parar, sem nem conseguir falar, mal respirava a menina.

- Sério meu, você tá com algum problema, sua maluca, faz uns 5 minutos que você tá rindo.

Quando ela conseguiu respirar:

- Eu... eu... ahahahahah... olha alí... o extintor... o cara do cenário... hahahahahahahah... foi fumar um cigarro.... hahahahahahahah e aí ele hahahahahah....

- Fala, meu! Sua doente.

- Ahahahahaha... ele colocou fogo num monte de papel que estava numa lixeira. AHahahahah.. E a gente teve que usar o extintor pra apagar... hahahahahaha.

- O que tem de tão engraçado nisso, o cara quase me desgraça a colação, causa uma tragédia idiota só porque não pode esperar duas horas sem fumar! Além disso, será que ele não sabe que não pode fumar aqui????

Ela quase morre de rir, tentanto me apontar uma placa enorme escrito NÃO FUME em português, francês, espanhol, inglês e russo!

O fogo não foi nada demais, ficou dentro de uma lixeira mesmo, e eles desesperados tiveram que usar o extintor. E agora a pouco, me liga o responsável pelo teatro perguntando quem é que vai pagar pelo uso do extintor. Eu tive que ser grosso: "Amigão, não acabamos de pagar 5 mil reais no aluguel do teatro? Então, esse uso do extintor tá incluido no aluguel."

Doom

Emmerson, o "piá dos micro" aqui, instalou Doom secretamente em todas as máquinas. Eu deveria dar uma bronca nele, mas na verdade eu gostei. Gostei tanto que na hora do almoço eu falei pra todo mundo, a gente configurou as máquinas e todo mundo está jogando em rede agora. Mas assim... eu gostei tanto que estamos armando um campeonato, e já estão montando tabelas e premiação.

Volta do Feriado

Esse povo se perde bonito no feriado. Chego atrasado na empresa as 10h achando que vou levar uma bronca pois tinha que atender um cliente as 9h. Dou de cara com o portão fechado. Faço um monte de barulho pra ver se alguém aparece, mas o segurança noturno já tinha ido embora.

10h30 chega a Camila... sem a chave: "Ah, é que eu sai correndo de casa e esqueci. Mas a Priscila não devia estar aí?".
10h50 chega todo ofegante o Tarto: "Ô galera, desculpa, é que o despertador não funcionou... ué, vocês não tem a chave?"
11h00 chega seu Ulisses: "Vocês não abriram ainda? Eu não carrego mais a chave pra não me responsabilizar"
11h10 chegam os estagiários (Cris, Eli, Valério e Anderson) e o pessoal da venda (Ciro, Robertha, Adir e Carlinha), todos juntos, só pra fazer mais barulho naquele bolo de pessoas na frente da empresa de papo furado alto.

11h20 chega a Priscila toda "preocupada": "Ô gente, desculpa, é que eu me perdi no horário, mas não dá nada, é bom pra relaxar um pouco antes de voltar a trabalhar"

Pelo menos uma coisa boa. Ligo pro cliente e descubro que ele não apareceu e nem lembrava da reunião.

O pior é que já são 12h30 e nem sinal do resto do povo como o Gefferson, Wagner e o Emmerson. Nem os chefes, Paulo, Melinda e Augusto ou ainda do motorista Cachopa.

Sabe o que é isso? É a cachaça. Como diria minha vó.

Correria

Sábado passado foi dia de evento. Colação de grau seguida de baile. Para isso, as 13h estamos na empresa, carregando os equipamentos na nossa Kombi guerreira. Claro, o Cachopa reclamando que já devíamos ter separado as coisas na sexta.

A Kombi vai socada até o teto com equipamentos de palco, becas, capelos, som... e seres humanos. Fazemos caber 8 pessoas junto com os equipamentos. É altamente irregular. Quero ver o dia que essa porra vai virar, o lê, o lê, o lá. O resto da cambada vai socada na "viatura", um Uno Mille véio que vai se peidando todo até o evento.

No meio do caminho, eu olho pelo espelho e vejo um monte de folhas voando da Kombi. Dou um berro, a gente pára e vai ver. Algum espertão colocou as cópias do roteiro de hoje amarrados em cima da Kombi e achou que não ia acontecer nada. Voltamos todos juntos pra empresa pra tentar imprimir mais.

No meio do caminho encontramos o pessoal trocando o pneu do Uno. Nem paramos pra dar uma mão. Chegando na empresa, me falha a impressora. O vizinho ajudou (isso que ele detesta a gente, depois conto mais).

Pegamos um "atalho"... que levou o dobro do tempo pra chegar no local, por causa de uma obra da prefeitura. Mas chegamos a tempo. A tempo de levar uma bronca dos formandos que já estavam esperando faz tempo pra se arrumarem.

Não dá pra se concentrar

Meu trabalho quase sempre exige uma alta concentração na frente do computador. As vezes é uma edição de vídeo aonde tenho que prestar muita atenção no audio, as vezes é montando uma tabela de orçamento no Excel. Mas a cada 5 minutos vem alguém quebrar minha concentração.

Lá estava eu na frente do micro, altamente concentrado em uma edição, quando chega o Gefferson (do vídeo) para me perguntar como se faz um menu personalizado de DVD. Meu Deus, tem todo um processo de aprendizagem. Essa pergunta é como alguém chegar e perguntar "tem como me ensinar 3D Max rapidinho?". Enfim, tentei ensinar bem por cima, esperando que ele busque tutoriais na Internet.

Aí eu coloco meus fones, levo uns 5 minutos pra reestabelecer o rítimo e lá vem a Melinda (dona) pedir pra preencher uns formulários do contador, referente a um erro que o imbecil sempre faz todo mês com meu salário.

Mais 5 minutos pra voltar ao rítimo e chega o Adir (vendas) pra eu dar uma mão pra ele em uma tabela de Excel. Na sala dele, ele não consegue explicar o que precisa e nós quase brigamos.

Volto pra minha sala com um pingo de esperança, coloco meus fones e sinto um cheiro inconfundível da deliciosa Priscila (recepcionista). Claro que ela vem pra bater papo, colocar as fofocas em dia. Aliás, ela é quem mais vê o movimento do pessoal de um lado pra outro fazendo muitas coisas, menos produzir.

Depois de muito tempo eu coloco o fone pra tentar trabalhar, olho pro relógio e faltam 15 minutos pra fechar a empresa. Aí eu desisto. Quem sabe segunda será mais tranqüilo.